terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Férias:

Poxa, há quanto tempo que não escrevo!


Meu novo lar!

Bem, o que posso dizer? Tô de férias da UFRJ, passei em Cálculo I (raspando, mas passei!) e tenho muitas atividades divertidas para essas férias que durarão quase 3 meses!


Filme estilo Arthur.

Dentre elas, temos passar tempo com meus queridos amigos! Sejam de anos ou de dias, são pessoas muito preciosas pra mim! Lulu (Que conheço desde pikititita) voltou de Brasília para jogarmos muito vôlei e vermos muitos thrashs (e eu vou ajudá-la, sim, nos estudos! Não descanso até vê-la na faculdade comigo!). Ju continua aqui pra eu poder encher sua paciência com ligações a cobrar ou programas de índio (Me desculpe mesmo pelos inconvenientes ao combinarmos algo, mas se eu soubesse que seriam tão ruins nem eu mesma teria ido! >.<) e atazanar a vida de seus familiares ("Tá com quem? A Fernanda?! Volte já pra casa!" XD). Arthur estará sempre lá para ajudar com problemas (sejam pessoais ou com computadores) e assistir um daqueles filmes veeeeelhos japoneses (em preto e branco) ou os novos em 3-D (afinal, ele é um aluno de mídia digital...).


Como se passa uma boa festa do pijama!

Mari, Dudinha e todas as garotas estão sempre prontas para uma festa do pijama (às quais nem sou mais convidada devido ao tempo que passei estudando pacas na facul... >.<). Felipo sempre presente para oferecer um abraço ou dar chumbinho a cãezinhos (Seu mau! ò.ó).

São muito preciosos mesmo, e são com estes cidadãos com quem pretendo passar essas felizes férias!


Hao-sama, Deus protetor dos gatinhos e de meus mangás!

Outro passatempo que tenho são os mangás! Minha coleção está enorme! Supera 420 mangás, com 36 diferentes coleções. No momento, coleciono 12 títulos dos mais variados estilos que me deixam entretida bimestralmente. Tem homem que gosta de coisas de mulherzinha, homem que vira mulher na água fria, homem que na verdade é uma planta e mulher que é um meio-demônio. Faraó que joga cardgame infantil, jovem militar disfarçado de civil, quarteto de mercenários que se metem em grandes confusões e garota imortal com amnésia e cavaleiros. Tem também romance com garota suicída, romance com humor em uma escola de riquinhos, romance com um alter-ego que é um monstrinho e romance com vampiros que frequentam as aulas.

Meus livros não estão de fora, não! Tenho clássicos de autores nacionais e internacionais para ler nesses meses de ócio: Dostoiévski (Dodô), Dante, Kafka, Goethe, Stephen King e Aluísio de Azevedo.


Motivo de muita depressão.

O que estou lendo atualmente é uma obra com diversos contos do Kafka: 'Primeira dor', 'uma pequena muher', 'um artista da fome', 'o povo dos ratos' (ou 'Josefine, a cantora') e 'na colônia penal'. Já li os 3 primeiros, mas 'um artista da fome' foi meio pesado e chegou a me trazer depressão. Não recomendo ler mais de um conto dele por dia, pois pode causar reações adversas à pessoas mais sensíveis (XD). O jeito com o qual esse autor trata a natureza humana é tão cru e direto que te faz pensar na existência humana do modo mais obscuro e, infelizmente, realista.

Ao ler uma história desses autores fico filosofando e, ao mesmo tempo, viajando. Vai entender, né? Só quem já leu e pode me entender...


Paixão carioca!

Os locais que me abrigarão estas férias também são muito especiais! Primeiramente, meu quartinho lindo e aconchegante, no qual leio meus mangás e livros, mexo no computador, vejo TV e durmo (atividades que devo aprender a controlar). A praia também será um local muito visitado por mim nessas férias, aproveitando os raios de sol que não são tão bem recebidos lá no Fundão.

Eventos de anime são uma boa pedida para uma otaku que não os visita faz seis meses. Preciso ver pessoas de minha espécie e sair dessa terrível abstinência o mais rápido possível. Uma boa pedida será o 'Rio Anime Club', que ocorrerá dia 10 de Janeiro e no qual estarei certamente.

A Uruguaiana, no Centro, também é um ótimo lugar para bater perna e comprar coisas lindas, e muitas vezes, inúteis. Lembrancinhas para amigos e quitutes para enfeitar o quarto serão uma realidade irrefutável neste verão.


Logo, essas férias se resumirão em cultura, lazer, amigos e pouquíssimo dinheiro no bolso!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mangás

Bem, eu tinha visto a nova postagem da Ju sobre sua frustração quanto a alguns de seus "não tão queridos" shoujos nojentos e decidi sair do luto do Michael para escrever algo!


Bem, ando MUITO ocupada com a faculdade. Talvez fique em prova final em duas matérias, mas esqueçamos as tristezas! Falarei sobre a maravilha dos mangás que estou colecionando! Sim, são SÓ MEUS! Tá, talvez não sejam de minha total posse, mas os amo tanto que os considero assim!

Bem, vamos ao que interessa! Vou dividí-los em estilos para ficar mais prático:

Shounen



Shaman King Kang Zeng Bang
É o remake de Shaman King. Simplesmente perfeito, contando o final TOTALMENTE INESPERADO desta maravilhosa série que é a minha predileta! Sei que não é publicada aqui, e que não a coleciono, mas terminei de lê-la à alguns meses e me inspiro até hoje por tudo o que o autor, Hiroyuki Takei, faz.

Simplesmente 'divino'.

Hunter X Hunter

Acho que o que me é apelativo nesta série é o carisma dos personagens, cada um com suas características peculiares, personalidades, história e objetivos. Não tem como ver esta série e não se deixar apaixonar por Gon, Killua, Kurapika e Leorio! E ao mesmo tempo que fala de uma história de amizade, companheirismo, humor e aventura, toca em pontos como lutas sangrentas, mortes, habilidades excepcionais e, de certa forma, filosofia de vida. Pessoalmente, achei o anime muito melhor por não ter corrido com a história, mas isso é característica do autor, Yoshihiro Togashi, que fez o mesmo com sua outra série, YuYu Hakushô.

Algumas sagas simplesmente não deram certo, como a saga da busca pelo 'Nen', quando os personagens aprendiam MILHÕES de técnicas com nomes impossíveis para participarem de um torneio de artes marciais, e da 'The Greed Island', ou 'Ilha da Ambição', na qual Gon e Killua entravam em um tipo de jogo interativo com card games, mulheres lolicon de mais de 50 anos e jogadores de vôlei inimigos, mas continua sendo uma série que até hoje faz muito sucesso e cumpre seu papel.

Sem dúvida, uma história tocante e divertida que atrai o espectador para uma viajem sem volta!


Trigun Maximum
Sim, o anime é divertido, mas nada se compara ao humor mirabolante do mangá! Nele há um besteirol que não
te deixa respirar de tanto rir, sátiras estúpidas da própria série, e um autor se sacaneando 24/7! É tanta ação, humor e drama que você não consegue perder o ritmo.

O próprio universo alternativo da história é estranhamente peculiar, chamado pelo excêntrico autor de "Deep Space Planet Future Gun Action". Ao abrir a primeira página, você descobre que essas palavras desconexas resumem bem a premissa. Os personagens, apesar de carismáticos e hilários, carregam certa instrospecção que alimenta a curiosidade do leitor quanto ao seu passado e verdadeiros objetivos.

É uma história imprevisível e muito divertida! Vale a pena pra quem gosta de uma ação com bastantes gargalhadas!


Blood+
Sinceramente, é um dos mangás mais legais que já vi! Totalmente origi
nal e surpreendente, que não se assemelha em quase nada ao anime. Tem 5 volumes e conta de modo mais sombrio a história da série e, ao mesmo tempo, é muito extrovertido, com cenas de humor saltando das páginas logo depois de uma carnificina. Seu teor é visivelmente mais adulto, personagens, muito mais profundos e carismáticos, além de uma história envolvente cheia de reviravoltas.

Há outros três mangás publicados no Brasil baseados nesta série: "Blood: the Last Vampire", que se baseia mais em vampiros, gore (nojeira) e yuri; "Blood+ Yakou Joushi", que é praticamente uma doujinshi shounen-ai que duvida da masculinidade do par da protagonista; e "Blood+ Adagio", que violenta a história da Rússia a cada
virada de página, adicionando personagens onde nunca deveriam existir (para quem já leu, sabe que Diva não deveria ter mais de 5 chevaliers) e chamando Rasputin de bishounen, homossexual e ridículo quando foi, na verdade, um homem peludo de mais de 2 metros de altura, sedutor e que só morreu depois de ser envenenado, levar mais socos e tiros que o 50cent, e de ser jogado totalmente amarrado em um rio. Sim, eu admiro este homem, e odeio esta versão do mangá! >.<>quem adora um romance, mas também quer ver ação e originalidade! Simplesmente excelente!



Yu-Gi-Oh!
Todos conhecem o anime de Yu-Gi-Oh!: comercial e que só fala de cardgames. Agora, pegue isto, exprema quase todo o cardgame e inocência da série e adicione violência, loucura, jogos de azar, espíritos malignos,
sadismo e personagens que REALMENTE tem personalidade. Com isso, você tem o mangá de Yu-Gi-Oh!.

Quase todos os personagens sofreram riscos de morte (ao invés de aprisionamento no 'Domínio das Trevas'), Yami no início se comportava como um demônio do jogo em busca das almas dos perdedores (ele foi responsável por queimar um homem até a morte com uma garrafa de tequila e uma bituca de cigarro, e por dezenas de pessoas
em coma, tendo uma delas sido Kaiba), e as pessoas SABEM que o Yugi tem uma dupla personalidade (não apenas que ele cresce e engrossa a voz à toa). E a melhor saga é, sem sombra de dúvidas, a do faraó. Nela você descobre o segredo por trás das relíquias do milênio, o porquê dos cardgames e também a 'tara' de Kaiba por dragões!

Amo este mangá de coração, e até resgatei umas esdições perdidas de um sebo próximo. Vale muito a pena!

Claymore
Um mangá magnífico de universo alternativo meio que medieval. Não é do tipo que normalmente compro, pois o humor é escasso, se não nulo, mas que me encantou pela humanidade dos personagen
s. É minha filosofia: Se não vai ter humor, que ao menos tenha uma arte descente e uma história original.

Fala sobre a contradição da vida, introspecção e lutas impressionantes. Não é um mangá pra qualquer um. Se espera por romance, ou comédia, estará desperdiçando dinheiro. Mas se deseja sair do convencional, é uma
boa pedida!

Full Metal Panic! Sigma
Querem uma dica? NÃO COMPREM! Além de estragar com a profundidade do original "Full Metal Panic!", coloca personagens, antes carismáticos, como planos (o inexpressivo Sagara se tornou um adolescente
apaixonado e a Chidori, uma bishoujo convencional e assustada), perdeu completamente o humor (que antes alimentava a série) e os armamentos militares e táticas de guerra regrediram de qualidade (o mecha FALA, pelo amor de Rá!).

Honestamente, não havia jogado tanto dinheiro fora desde a compra de .HACK//DUSK. Não cometam o
mesmo erro, passem longe!

Shoujo



Ranma 1/2
Tá, eu sei que, oficialmente, é um shounen. Mas como é escrito pela Rumiko Takahashi, todos sabem que tem um bom teor shoujo na história. Eu considero este o melhor mangá da autora! Humor contagiante, história original e personagens extremamente divertidos e únicos! É quase uma sátira de tanta piada e ironia, mas ta
mbém atrai pelo relacionamento entre os personagens.

Apesar da arte um pouco antiquada e idade considerada da publicação deste mangá no Japão, o humor é bastante atual. Não dá pra parar de rir com as situações sem-noção na qual nossos personagens se deparam: lutas hilárias, relacionamentos desastrosos e efeitos colaterais 'não convencionais' das maldições que carregam!


É certamente o segundo melhor mangá que estou colecionando no momento!



Sunadokei
Quando comprei a primeira edição, pensei que fosse um shoujo diferente e original. Porém, da segunda edição para frente, foi ladeira abaixo! A protagonista, antes forte e destemida, virou uma bishoujo frágil e suicida. Não suporto, pessoalmente, shoujos deste tipo, mas prefiro comprar até o final para ver no que vai dar. O design dos personagens é mediano, e suas personalidades, planas. O rumo da série também está bem clichê, então não
tenho muitas espectativas quanto à este mangá.

Em suma, a não ser que queira comprar mais um shoujo qualquer, não vale o gasto.


Otomen
A premissa foi a primeira coisa a me atrair: um garoto que gosta de coisas fofas, mas tem de escondê-las fingindo ser um homem forte e convencional. Foi como ler a sinopse de um shounen-ai, mas sabia que era um shoujo pouco nojento, então comprei.

A arte é agradável aos olhos e as piadas, divertidas. Apesar da história estar tomando um rumo previsível, com um amor que não se sabe se é correspondido e personagens não tão fortes, espero que continue a me
entreter a cada volume.



Ouran High School Host Club
Gosto muito deste mangá! Humor puro, personagens que apesar de típicos, profundos, e um ritmo que dá para ser seguido. O romance não era caracterizado até ser atirado a queima roupa na série, o que me irritou um pouco, pois houveram mais de dez volumes sem qualquer demonstração de sentimentos pela protagonista e, do nada, começou a se sentir "diferente" quanto a certos personagens. Não é um shoujo comum, mas seu clímax está sendo bem previsível.

Apesar disso, adoro cada um dos personagens deste mangá e das situações pelas quais passam diariamente. Entretem e dá um sentimento de realização após sua leitura. Um dos mangás pelo qual mais aguardo todo o
bimestre.



Vampire Knight
Um dos melhores mangás da autora, sendo superado apenas pela simplicidade de MeruPuri. É, de certo modo, diferente de qualquer história de vampiro, recontando sua lenda e modificando certos detalhes (eles saem de dia, mas pelo menos não brilham...). Gosto muito do design e personalidade dos personagens e do humor leve e descontraído, entretendo e divertindo sempre.

O drama e triângulos amorosos levam a série para um nível mais sombrio e geram certo suspense. Como o anime, que não chegou aos pés do mangá, teve um final simplesmente imprevisível e interessante, tenho altas espectativas quanto ao seu encerramento.

Seinen


Black Lagoon
Sem sombra de dúvidas, o MELHOR mangá que coleciono atualmente!
Tem a dose certa de humor, violência e ação, com um ritmo alucinante e personagens muito humanos. O design geral é simplesmente perfeito e o autor fez muita pesquisa sobre história, armamentos e atuaridades dos países antes de escrever cada saga, o que dá um toque profissional e muito realista aos capítulos.


Uma verdadeira obra de arte, o mangá pelo qual eu aguardo ansiosamente todo o bimestre e dá aquele gostinho de 'quero mais' sempre que lido. Para quem se amarra em personagens maneiros, humor incessante e tiro pra tudo quanto é lado, este mangá é uma ótima pedida! Nota 10!


sexta-feira, 26 de junho de 2009

LUTO:


Não há palavras que expressem vazio deixado pela perda de Michael Jackson. Ele se foi, deixando para trás fãs de todas as partes do mundo.

Apesar de não ter tido a oportunidade de acompanhar toda a sua carreira, meu primeiro registro dele é algo do qual nunca me esquecerei. Poucos sabem, mas eu não tenho quase nenhuma recordação de antes dos meus seis anos. Dentre as poucas lembranças que me restam dessa fase esquecida de minha vida, uma delas é de estar, ao início dos meus 5 anos, em uma festa com o meu pai. Era uma espécie de salão, com um bar do lado e, na parede, um telão mostrando um homem dançando com mortos vivos.

A imagem que me marcou para sempre

Como uma criança que nasceu assistindo filmes de terror, não me assustei. Apenas encarei aquele homem fantástico, com roupas brilhantes e movimentos ágeis. Vendo que eu não tirava os olhos do telão, meu pai perguntou se eu já tinha visto aquele estranho ser.

"Não, papai. Acho que esse filme de terror a gente não viu..."

Ele simplesmente riu, e explicou.

"Não é um filme. É um clipe de música de um cantor muito famoso. O nome dele é Michael Jackson."

Um verdadeiro homem mutante.

E desde então, cultivo muito carinho por 'Thriller' e por este homem mutante que encantou gerações. Posso não ser fã de carteirinha, nem ter milhões de posteres e CDs dele em casa, mas Michael Jackson é uma pessoa que jamais esquecerei.

Apesar desta morte incrivelmente precoce, Michael estará sempre vivo na memória e nos corações de todos os seus fãs.

"O homem está fadado a morrer,
mas uma lenda jamais padecerá."
Michael Jackson
*29/08/1958
+25/06/2009

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Livros:

FAUSTO

Mefistófeles em sua verdadeira forma

Gostaria de postar alguns livros que li e AMEI. Tem títulos normais, clássicos e uns que superam meu nível intelectual, mas que me encantam!

O primeiro que eu li e me apaixonei foi "Fausto", de Goethe. Diferentemente do que muitos acreditam, Fausto não foi 'criado' por Goethe, mas sim 'interpretado' por ele, já que pertence ao folclore germânico desde o século XV. O primeiro livro publicado que faz menção à sua lenda é 'Historia von D. Johann Fausten', de 1587, que provavelmente foi inspirado no alemão dr. Johann Georg Fausto (1480/1540), que se assemelha ao protagonista quanto à profissão e fama.

Johann Wolfgang von Goethe

Resumindo, a história é sobre dr. Fausto, um médico, mágico e alquimista que anseia por mais do que o tempo e a limitação humana lhe oferecem. Ao invocar Mefistófeles, o arquidemônio, ele vende a própria alma em troca de conhecimento e prestígio que jamais conseguiria como um mero mortal. O demônio se alegra com o pedido, e o acompanha neste conto fantástico que mostra a batalha interna dentro do protagonista: entre a elevação espiritual e os prazeres terrenos, entre a razão e a emoção.

O final é esperado, mas indiscutivelmente profundo e emocionante. Eu, que me vi desde o primeiro momento em Fausto, me angustiei ao vê-lo sofrer a punição pela própria ambição, que era sua razão de viver, o que lhe dava inspiração para continuar com suas pesquisas e experiências. E o pior é ter certeza de que se estivesse em seu lugar, teria feito a mesma coisa...

Fausto em busca do conhecimento absoluto

Este livro é um poema dramático, ou seja, uma peça teatral escrita em versos. O leitor tem de ter consciência de que é uma obra grande, escrita em 1808 por um alemão muito culto, logo é comum encontrar expressões traduzidas ao pé da letra, e às vezes deixadas na língua natal por bom senso. Eu, que sou uma completa leiga em alemão, tive de me virar no 'google' várias vezes, e mesmo assim tiveram coisas que ficaram totalmente sem sentido para mim.

Aliás, tive mais problema em achar este livro. Já estive procurando desde os 14 anos, e só fui encontrar uma cópia traduzida e à um preço descente 16 anos pela editora Martin Claret em um formato bastante compacto, letras de tamanho ideal e à um preço bastante acessível.

Mefistófeles, vestido à rigor,
influenciando dr. Fausto

Apesar dos diversos problemas que tive em adquirir e terminar esta obra, me mantive fiél a ela do início ao fim, e posso afirmar com orgulho que é um dos meus títulos prediletos!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Reality Shows:

O Aprendiz: Celebridades

O novo logo do programa

Sempre me interessei pelo programa de Donald Trump por ser uma total alienada no assunto de marketing, vendas e do mundo executivo em geral. Assistindo aos diversos 'The Apprentice', pude ter uma idéia de como tudo funciona e me interessar pelas demais temporadas que se seguiam. Acontece que após algum tempo, a série foi perdendo a graça e eu já havia desistido de continuar a acompanhar até que finalmente surgiu: The Celebrity Apprentice.

Me empolguei demais por poder assistir grandes ídolos americanos com o ego nas alturas disputando não para ficarem famosos, ou serem meros 'aprendizes'. Mas sim para mostrar entre si quem era o manda-chuva.

Os participantes

Ao serem apresentados os competidores, fiquei intrigada pois não conhecia muitos, e descobri que a maioria nem era tão famosa assim internacionalmente. Mas a minha maior surpresa foi quando Donald Trump decidiu dividí-los pelo sexo, pois a maioria das mulheres eram, bem ... inaptas.

O grupo feminino tinha:
Carol Alt – modelo e atriz
Marilu Henner – atriz e escritora
Jennie Flinch – jogadora de softball, medalhista olímpica [ouro]
Nadia Comaneci – ginasta, medalhista olímpica [ouro]
Nely Galán – ex-executiva da rede de TV Telemundo e empresária
Omarosa – controversa candidata da 1ª edição de The Apprentice
Tiffany Fallon – coelhinha da Playboy, Miss Georgia EUA 2001

Convenhamos que para conseguir ganhar competições no Aprendiz Celebridades era necessário ter grandes contatos, muita grana e carisma de sobra. Acontece que as duas esportistas e a coelhinha da playboy eram praticamente inúteis quando o assunto eram negócios, a maioria das mulheres tinham apenas carisma, não sendo tão conhecidas, e até Omarosa (a única que eu realmente reconheci) que entende de negócios, não tinha contatos. A salvação seria Nely Galán, a latina que tinha inúmeros contatos e era rápida no gatilho. O problema é que vivia trocando farpas com Donald Trump até ser finalmente eliminada por motivos que, eu diria, pessoais.

"Play nice, it's for charity."
O lema que ninguém seguiu...

Já os homens tinham:
Gene Simmons – baixista da banda KISS
Lennox Lewis – boxeador peso-pesado, campeão mundial
Piers Morgan – editor de tablóide e juiz de reality shows [British's Got Talent]
Stephen Baldwin – ator e pastor evangélico
Tito Ortiz – lutador de luta livre, artes marciais
Trace Adkins – cantor de country music
Vincent Pastore – ator [The Sopranos]

Os únicos desses homens que eu não conhecia eram Tito Ortiz e Trace Adkins, e convenhamos que os outros caras são pesos pesados quando o assunto é carisma, contatos, fama e dinheiro de sobra.

Esse foi o principal motivo para a derrota de lavada das mulheres nos primeiros episódios até Donald Trump decidir colocar Gene Simmons no grupo delas. Para a não tão surpresa geral, a equipe feminina perdeu novamente e o baixista do Kiss cometeu inúmeras gafes, como colocar a culpa no cliente, afirmando que estes não tinham idéia de como fazer dinheiro.

"Esta será uma ditadura benéfica."

Apesar disso, Donald Trump idolatrava Gene Simmons, e estava dando muita colher de chá ao baixista do KISS, praticamente implorando para que este chamasse Nely Galán à diretoria para despedí-la de vez. Porém, sendo quem era, Gene o desafiou a tirá-lo ao chamar duas garotas inocentes para irem com ele à diretoria e não dando outra escolha ao magnata senão retirar seu ídolo do programa. E assim foi até dividirem todos os times igualmente.

Enquanto isso, Omarosa e Piers viviam atacando um ao outro com palavras grosseiras, e Donald Trump decidiu se divertir um pouquinho colocando os dois na mesma equipe. O resultado não foi outro além de uma catástrofe! Piers, como o Gerente de Projetos, pediu para Omarosa fazer um documento e esta, em um ato que não se sabe se foi proposital ou não, digitou o nome de Piers errado.

Omarosa e Piers em:
"O Barraco"

O que parecia uma leve brincadeira foi o estopim para uma guerra. Omarosa perdeu a linha e começou a colocar os filhos de Piers no meio da história, trazendo à tona coisas do passado do inglês. No final, Donald Trump não teve escolha senão separá-los de time novamente.

Mas não é apenas Omarosa que não é flor que se cheire... Piers já trouxera caos à vida de Vincent Pastore, dando-lhe uma ordem como Gerente de Projetos para se tornar um 'agente duplo' e espionar o projeto das mulheres. O que Vincent não sabia era que o verdadeiro objetivo de Piers não era conseguir informações inimigas, mas sim sacanear o ator do The Sopranos ao contar às garotas a real intenção de Vincent enquanto as 'ajudava'. No final, o ator não aguentou mais e pediu demissão a Donald Trump, afirmando ser impossível trabalhar naquelas condições, e com tal companhia venenosa.

Stephen Baldwin:
lindo e carismático!

E Piers também criara uma rivalidade assombrosa com o carismático Stephen Baldwin, mas era até que divertido vê-los chicotear um ao outro e rirem ao mesmo tempo, como se nada daquilo realmente os afetasse.

Após vários episódios divertidos e emocionantes, os três semi-finalistas eram: Piers Morgan, Trace Adkins e Carol Alt, o que contradizia as espectativas e desejos de Donald Trump, que obviamente preferiria algo mais emocionante como 'Piers x Omarosa x Simmons', tendo Gene Simmons como ganhador.

Trace Adkins X Piers Morgan
"Good versus Evil.", como diria Donald Trump

Apesar disso, o senhor Trump achou interessante o contraste entre Piers (um inglês pequenino, duas caras e arrogante) e Trace Adkins (cantor de country de 2 metros, pai de família e com um coração enorme), e decidiu dispensar Carol Alt por, simplesmente, não estar à altura dos dois competidores.

A disputa, apesar de divertida, estava com um ganhador óbvio. Apesar de ser muito bondoso e caridoso, Trace Adkins jamais teria o dinheiro, contatos, e fama que Piers tinha para ganhar o último desafio de leilões e entretenimento.

Mas é claro que foi divertido ver Trace Adkins, um homem forte e daquele tamanho, sofrendo ao ter de satisfazer todos os desejos dos Backstreet Boys (a banda convidada). Ele teve de procurar por uma espécie de 'suco de trigo' que eles tomavam, e até comprar esmalte de unha preto. Ele obviamente se recusou a ir comprar sozinho, e decidiu chamar o campeão mundial de boxe Lennox Lewis para ir com ele. A cena foi, no mínimo, impagável.

"I just want to make very clear
that I'm doing this for England."

Piers também se mostrou cômico ao ligar para seu companheiro inglês, Simon Cowell (sim, o jurado de American Idol), pedindo que comprasse um de seus itens do leilão para que ele próprio vencesse e trouxesse honra aos ingleses. Deixando bem claro que fazia isso pela pátria, Simon comprou um dos itens que nem era tão caro por 100 mil dólares.

No momento decisivo, apesar do favoritismo geral pelo carismático Trace Adkins, Donald Trump escolheu Piers Mongan como seu aprendiz. Afinal, é um programa sobre negócios, e que o com maior dote e esperteza vença!

"Kukuku... How evil am I!"

Apesar de eu ainda sofrer por Gene Simmons não ter ganho! É claro que meu predileto sempre será Stephen Baldwin (que para mim ficou ainda mais bonito depois de vivido e gordinho), mas sou realista e sei que o grande baixista do KISS teria chances muito melhores de ser o aprendiz...

Resumindo, um reality show que vale a pena ser visto. Cheio de reviravoltas e momentos hilários! Sem dúvida, a melhor temporada de 'The Apprentice', e que terá continuação em breve.

E agora, como diria nosso querido Donald Trump:

"You're fired!
Now, get the hell out of here!"

Animês:

Kushoshitsuji

Ciel e Sebastian

Houve uma época em que me interessei pela premissa deste anime, mas fiquei empurrando com a barriga por não ter certeza se era bom. O que descobri após finalmente assistir o primeiro episódio é que era excelente.


A história é essa: Ciel Phantomhive, um jovem inglês de 12 anos, perdeu os pais de um modo trágico e acabou herdando os negócios da família cedo demais. Ao seu lado ele tem um mordomo especial: Sebastian, que obedece à todas as suas ordens, não importando o quão absurdas e impossíveis possam parecer.

Relação entre servo e mestre

Sebastian tem habilidades inumanas, e deixa a entender que fez um contrato com seu jovem mestre: Ele serviria Ciel até que este conseguisse sua vingança pela morte dos pais, e em troca, o jovem teria de dar-lhe a própria alma.

Apesar de todo esse clima mórbido e obscuro, a série é repleta de ação, comédia besteirol e momentos absurdos que descontraem e fazem o anime fluir. E junto a aparente realidade humana do século XIX, cheia de guerras e acontecimentos históricos, há demônios, anjos e shinigamis que tornam a série em algo de outra realidade e original. Outra coisa que caracteriza o anime é o sempre presente fanservice yaoi e shota-con. Apesar disso, é assistível a ambos os sexos, já que a própria série é caracterizada como shounen.

Personagens Chibis

Algo que me deixou muito feliz quanto a Kuroshitsuji foi o fato de não haver aquela distinção entre o 'bem' e o 'mal', e a história como um todo me lembrar a lenda de 'Fausto', aquele que vendeu a alma para o demônio Nefistófeles para realizar suas próprias ambições e desejos apesar do alto custo.

O anime também provém um grande acervo de personagens, impedindo o espectador de assistir sem se apegar a algum deles. No meu caso, me apaixonei por Grell Sutcliff ao se revelar em um acontecimento que, se eu contasse, seria spoiler.

Simplesmente Fantabuloso!

Em suma, esta é uma série de 24 episódios que, apesar de ter sido finalizada antes do mangá, teve um último episódio que agradou a muitos, o que é algo raro. Além disso, o mangá é dito como ainda melhor e vale a pena dar uma lida.

Animês:

Soul Eater

O 'Billy & Mandy' nipônico

Meu encontro com esse maravilhoso anime foi puramente ao acaso. Estava assistindo animes no Youtube quando vi nos vídeos relacionados uma imagem que me deixou curiosa: Uma espécie de castelo com uma lua no céu que ria e vomitava sangue. Imediatamente cliquei naquela imagem, e me vi assistindo a abertura. Aquilo me lembrou, por mais estranho que pareça, um 'As terríveis aventuras de Billy e Mandy' obscuro e japonês. E não é que decidi assistir ao episódio?

Foi o melhor primeiro episódio que já havia visto! As cenas de luta eram extremamente bem feitas e fluidas, e o que é ainda melhor: não duravam milhares de episódios como outros animes. Os personagens eram únicos e originais, com personalidades bem definidas e relacionamentos complexos.

A primeira imagem que vi da série

A história de modo bem resumido é a seguinte: Existe um local no mundo reinado por Shinigami-sama, o adorável Deus da Morte que é simplesmente o 'Puro Osso' menos britânico e de voz infantil. Ele tem uma escola chamada Shibusen, onde várias crianças especiais são treinadas para matar criaturas malignas chamadas kishins que ameaçam os humanos normais. Essas crianças são divididas em 2 categorias: Armas (as que viram todo o tipo de armas) e Artesãos (as que manipulam as Armas).

O objetivo pessoal de cada Artesão é ajudar sua(s) respectiva(s) Arma(s) a comer(em) 99 almas de kishin e 1 alma de bruxa, fazendo com que a Arma suba a um nível muitíssimo elevado, e ganhe o direito de ser utilizada pelo Shinigami-sama, que é também o mais poderoso Artesão.

Shinigami-sama, o primo perdido do 'Puro Osso'

O mundo de Soul Eater lembra o real, com todos os países e continentes, mas com a entrada de seres míticos que os protagonistas impedem que entrem na realidade humana. O legal deste anime é que une personagens mitológicos (bruxas, demônios, lobisomens) e fictícios (Dr. Frankenstein e seu monstro) com os reais (ator Mifune) e satíricos ('Ox Ford', 'Harvan D.', Black Star = Naruto).

E com essa premissa, a série segue um rumo imprevisível e divertido, com um humor negro e besteirol, lutas de tirar o fôlego, e personagens de todos os tipos reunidos para criar uma série como nunca fora antes vista.

Da esquerda para a direita: Death the Kid, Maka e Black Star,
com suas respectivas armas: Patty & Liz, Soul Eater e Tsubaki

A primeira temporada da série (que vai até o episódio 24) foi alucinante e extremamente divertida, levando os protagonistas da série a lutar contra bruxas, lobisomens e a loucura. Já a segunda temporada (que vai do episódio 25 até o último, 51) tentou lançar mais personagens que já não eram tão únicos e falhou em diversos momentos da trama. A série começou a perder a graça que era sua fonte, e toda a originalidade foi jogada descarga abaixo com um último episódio decepcionante e piegas.

Posso afirmar que a utopia de todo o anime é a união de apenas 2 coisas: Um primeiro episódio descente; e um último episódio à altura. Infelizmente, apenas a primeira foi realizada em Soul Eater.

Todo mundo merece um final feliz...
Nem que seja descarga abaixo!

Ao menos há um motivo para tal queda da qualidade: O mangá estava em andamento, e o final da série não estava decidido, obrigando os encarregados do anime a lançarem uma segunda temporada de qualquer maneira, corrida e sem um rumo certo a seguir. Ao menos, o mangá como um todo é tão bom quanto a primeira temporada do anime, e espera-se que sua conclusão não decepcione ainda mais os fãs dessa série tão maravilhosa.

Em suma, esta é uma série imperdível e que já está dominando o Brasil. Vale a pena dar uma conferida para não ficar de fora!

domingo, 31 de maio de 2009

Mangás:

Black Lagoon

Uma outra realidade

Cansei de sentar na varanda com uma Pepsi Twist na mão e pensar em quanto tempo restava até que eu encontrasse meu mangá ideal. Pois esses dias chegaram ao fi
m quando me encontrei com um exemplar de 'Black Lagoon' aberto na livraria perto de casa. Me sentei na mesinha da sessão infantil ao lado de uma menina de 5 anos com um livro de 'Barney', abri o mangá, e entrei em um universo totalmente diferente.

Black Lagoon contém tudo que um mangá precisa ter de essencial para mim (humor negro,
sarcasmo e sangue) misturado com gêneros que não haviam me intrigado até aquele momento (armas, porradaria e todo o tipo de conspiração mafiosa existente). Foi uma ligação perfeita entre o que há de mais podre na sociedade com um humor negro que não te deixa perder o ritmo da trama.

Conflito entre dois mundos

A história é basicamente a seguinte: Rokuro Okajima, um típico homem de negócios, se encontra em uma vida rotineira e monótona. Um dia, é enviado a uma viagem de negócios por sua empresa, levando um disco com informações ultra-secretas consigo. De repente, seu mundo vira de cabeça pra baixo quando se torna refém de um grupo de piratas modernos chamado Black Lagoon.

Ele acreditava que seu resgate seria pago e que estaria a salvo logo, mas seus superiores decidem enviar mercenários para recuperar o disco em um ato bem claro de abando
no. Sem muitas opções, Rokuro Okajima se torna 'Rock', e se junta aos ditos piratas nas mais perigosas e imprevisíveis aventuras que o mundo mercenário pode oferecer. Mas a vida de Rock não se baseia apenas nisso. Além de ter uma aversão extrema às armas, tem de mostrar seu valor como homem, algo que nunca conseguiu na vida que levava antes.

Da esquerda para a direita: Benny, Rock, Revy e Dutch

Dentro do Lagoon (nome do barco similar a um iate em que passam a maior parte do tempo), Rock convive com outros 3 tripulantes: Dutch, o líder da equipe que tem os melhores contatos; Benny, o techno-man hacker; e Revy, uma atiradora boca suja e cabeça quente.

Com o passar do tempo, Rock demonstra suas habilidades como negociador e membro indispensável do grupo, conseguindo levar os mais explosivos conflitos à um consenso e atrair alguns poderosos aliados. Também consegue o respeito de Revy, que o tratava feito lixo, depois de uma briga violenta. Com isso, além do respeito, se tornam companheiros inseparáveis, mas nada disso impede que discutam devido a suas personalidades extremamente divergentes.

A cena épica dos cigarros

Você observa o protagonista passar por situações caóticas que o afastam cada vez mais de sua vida pacata e digna, e se vê englobado por um mundo podre e cheio de sangue que, apesar de o comover e machucar, jamais corrompem se
u espírito correto.

Sem sombra de dúvidas, este é um mangá que faz com que o leitor ria, se encha de adrenalina, e até se comova com as histórias mais imprevisíveis e originais, nas quais você nunca encontrará 'o bom' e 'o mau', mas sim pessoas ambiciosas, cheias de remorço e ideologias. Graças a isso, podemos ter uma visão onisciente e tornar o julgamento do 'correto' e do 'errado' praticamente impossível, dando lugar ao favoritismo de cada leitor.

Em suma, vale muito a pena ler este incrível mangá e dar uma checada no anime.