sexta-feira, 26 de junho de 2009

LUTO:


Não há palavras que expressem vazio deixado pela perda de Michael Jackson. Ele se foi, deixando para trás fãs de todas as partes do mundo.

Apesar de não ter tido a oportunidade de acompanhar toda a sua carreira, meu primeiro registro dele é algo do qual nunca me esquecerei. Poucos sabem, mas eu não tenho quase nenhuma recordação de antes dos meus seis anos. Dentre as poucas lembranças que me restam dessa fase esquecida de minha vida, uma delas é de estar, ao início dos meus 5 anos, em uma festa com o meu pai. Era uma espécie de salão, com um bar do lado e, na parede, um telão mostrando um homem dançando com mortos vivos.

A imagem que me marcou para sempre

Como uma criança que nasceu assistindo filmes de terror, não me assustei. Apenas encarei aquele homem fantástico, com roupas brilhantes e movimentos ágeis. Vendo que eu não tirava os olhos do telão, meu pai perguntou se eu já tinha visto aquele estranho ser.

"Não, papai. Acho que esse filme de terror a gente não viu..."

Ele simplesmente riu, e explicou.

"Não é um filme. É um clipe de música de um cantor muito famoso. O nome dele é Michael Jackson."

Um verdadeiro homem mutante.

E desde então, cultivo muito carinho por 'Thriller' e por este homem mutante que encantou gerações. Posso não ser fã de carteirinha, nem ter milhões de posteres e CDs dele em casa, mas Michael Jackson é uma pessoa que jamais esquecerei.

Apesar desta morte incrivelmente precoce, Michael estará sempre vivo na memória e nos corações de todos os seus fãs.

"O homem está fadado a morrer,
mas uma lenda jamais padecerá."
Michael Jackson
*29/08/1958
+25/06/2009

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Livros:

FAUSTO

Mefistófeles em sua verdadeira forma

Gostaria de postar alguns livros que li e AMEI. Tem títulos normais, clássicos e uns que superam meu nível intelectual, mas que me encantam!

O primeiro que eu li e me apaixonei foi "Fausto", de Goethe. Diferentemente do que muitos acreditam, Fausto não foi 'criado' por Goethe, mas sim 'interpretado' por ele, já que pertence ao folclore germânico desde o século XV. O primeiro livro publicado que faz menção à sua lenda é 'Historia von D. Johann Fausten', de 1587, que provavelmente foi inspirado no alemão dr. Johann Georg Fausto (1480/1540), que se assemelha ao protagonista quanto à profissão e fama.

Johann Wolfgang von Goethe

Resumindo, a história é sobre dr. Fausto, um médico, mágico e alquimista que anseia por mais do que o tempo e a limitação humana lhe oferecem. Ao invocar Mefistófeles, o arquidemônio, ele vende a própria alma em troca de conhecimento e prestígio que jamais conseguiria como um mero mortal. O demônio se alegra com o pedido, e o acompanha neste conto fantástico que mostra a batalha interna dentro do protagonista: entre a elevação espiritual e os prazeres terrenos, entre a razão e a emoção.

O final é esperado, mas indiscutivelmente profundo e emocionante. Eu, que me vi desde o primeiro momento em Fausto, me angustiei ao vê-lo sofrer a punição pela própria ambição, que era sua razão de viver, o que lhe dava inspiração para continuar com suas pesquisas e experiências. E o pior é ter certeza de que se estivesse em seu lugar, teria feito a mesma coisa...

Fausto em busca do conhecimento absoluto

Este livro é um poema dramático, ou seja, uma peça teatral escrita em versos. O leitor tem de ter consciência de que é uma obra grande, escrita em 1808 por um alemão muito culto, logo é comum encontrar expressões traduzidas ao pé da letra, e às vezes deixadas na língua natal por bom senso. Eu, que sou uma completa leiga em alemão, tive de me virar no 'google' várias vezes, e mesmo assim tiveram coisas que ficaram totalmente sem sentido para mim.

Aliás, tive mais problema em achar este livro. Já estive procurando desde os 14 anos, e só fui encontrar uma cópia traduzida e à um preço descente 16 anos pela editora Martin Claret em um formato bastante compacto, letras de tamanho ideal e à um preço bastante acessível.

Mefistófeles, vestido à rigor,
influenciando dr. Fausto

Apesar dos diversos problemas que tive em adquirir e terminar esta obra, me mantive fiél a ela do início ao fim, e posso afirmar com orgulho que é um dos meus títulos prediletos!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Reality Shows:

O Aprendiz: Celebridades

O novo logo do programa

Sempre me interessei pelo programa de Donald Trump por ser uma total alienada no assunto de marketing, vendas e do mundo executivo em geral. Assistindo aos diversos 'The Apprentice', pude ter uma idéia de como tudo funciona e me interessar pelas demais temporadas que se seguiam. Acontece que após algum tempo, a série foi perdendo a graça e eu já havia desistido de continuar a acompanhar até que finalmente surgiu: The Celebrity Apprentice.

Me empolguei demais por poder assistir grandes ídolos americanos com o ego nas alturas disputando não para ficarem famosos, ou serem meros 'aprendizes'. Mas sim para mostrar entre si quem era o manda-chuva.

Os participantes

Ao serem apresentados os competidores, fiquei intrigada pois não conhecia muitos, e descobri que a maioria nem era tão famosa assim internacionalmente. Mas a minha maior surpresa foi quando Donald Trump decidiu dividí-los pelo sexo, pois a maioria das mulheres eram, bem ... inaptas.

O grupo feminino tinha:
Carol Alt – modelo e atriz
Marilu Henner – atriz e escritora
Jennie Flinch – jogadora de softball, medalhista olímpica [ouro]
Nadia Comaneci – ginasta, medalhista olímpica [ouro]
Nely Galán – ex-executiva da rede de TV Telemundo e empresária
Omarosa – controversa candidata da 1ª edição de The Apprentice
Tiffany Fallon – coelhinha da Playboy, Miss Georgia EUA 2001

Convenhamos que para conseguir ganhar competições no Aprendiz Celebridades era necessário ter grandes contatos, muita grana e carisma de sobra. Acontece que as duas esportistas e a coelhinha da playboy eram praticamente inúteis quando o assunto eram negócios, a maioria das mulheres tinham apenas carisma, não sendo tão conhecidas, e até Omarosa (a única que eu realmente reconheci) que entende de negócios, não tinha contatos. A salvação seria Nely Galán, a latina que tinha inúmeros contatos e era rápida no gatilho. O problema é que vivia trocando farpas com Donald Trump até ser finalmente eliminada por motivos que, eu diria, pessoais.

"Play nice, it's for charity."
O lema que ninguém seguiu...

Já os homens tinham:
Gene Simmons – baixista da banda KISS
Lennox Lewis – boxeador peso-pesado, campeão mundial
Piers Morgan – editor de tablóide e juiz de reality shows [British's Got Talent]
Stephen Baldwin – ator e pastor evangélico
Tito Ortiz – lutador de luta livre, artes marciais
Trace Adkins – cantor de country music
Vincent Pastore – ator [The Sopranos]

Os únicos desses homens que eu não conhecia eram Tito Ortiz e Trace Adkins, e convenhamos que os outros caras são pesos pesados quando o assunto é carisma, contatos, fama e dinheiro de sobra.

Esse foi o principal motivo para a derrota de lavada das mulheres nos primeiros episódios até Donald Trump decidir colocar Gene Simmons no grupo delas. Para a não tão surpresa geral, a equipe feminina perdeu novamente e o baixista do Kiss cometeu inúmeras gafes, como colocar a culpa no cliente, afirmando que estes não tinham idéia de como fazer dinheiro.

"Esta será uma ditadura benéfica."

Apesar disso, Donald Trump idolatrava Gene Simmons, e estava dando muita colher de chá ao baixista do KISS, praticamente implorando para que este chamasse Nely Galán à diretoria para despedí-la de vez. Porém, sendo quem era, Gene o desafiou a tirá-lo ao chamar duas garotas inocentes para irem com ele à diretoria e não dando outra escolha ao magnata senão retirar seu ídolo do programa. E assim foi até dividirem todos os times igualmente.

Enquanto isso, Omarosa e Piers viviam atacando um ao outro com palavras grosseiras, e Donald Trump decidiu se divertir um pouquinho colocando os dois na mesma equipe. O resultado não foi outro além de uma catástrofe! Piers, como o Gerente de Projetos, pediu para Omarosa fazer um documento e esta, em um ato que não se sabe se foi proposital ou não, digitou o nome de Piers errado.

Omarosa e Piers em:
"O Barraco"

O que parecia uma leve brincadeira foi o estopim para uma guerra. Omarosa perdeu a linha e começou a colocar os filhos de Piers no meio da história, trazendo à tona coisas do passado do inglês. No final, Donald Trump não teve escolha senão separá-los de time novamente.

Mas não é apenas Omarosa que não é flor que se cheire... Piers já trouxera caos à vida de Vincent Pastore, dando-lhe uma ordem como Gerente de Projetos para se tornar um 'agente duplo' e espionar o projeto das mulheres. O que Vincent não sabia era que o verdadeiro objetivo de Piers não era conseguir informações inimigas, mas sim sacanear o ator do The Sopranos ao contar às garotas a real intenção de Vincent enquanto as 'ajudava'. No final, o ator não aguentou mais e pediu demissão a Donald Trump, afirmando ser impossível trabalhar naquelas condições, e com tal companhia venenosa.

Stephen Baldwin:
lindo e carismático!

E Piers também criara uma rivalidade assombrosa com o carismático Stephen Baldwin, mas era até que divertido vê-los chicotear um ao outro e rirem ao mesmo tempo, como se nada daquilo realmente os afetasse.

Após vários episódios divertidos e emocionantes, os três semi-finalistas eram: Piers Morgan, Trace Adkins e Carol Alt, o que contradizia as espectativas e desejos de Donald Trump, que obviamente preferiria algo mais emocionante como 'Piers x Omarosa x Simmons', tendo Gene Simmons como ganhador.

Trace Adkins X Piers Morgan
"Good versus Evil.", como diria Donald Trump

Apesar disso, o senhor Trump achou interessante o contraste entre Piers (um inglês pequenino, duas caras e arrogante) e Trace Adkins (cantor de country de 2 metros, pai de família e com um coração enorme), e decidiu dispensar Carol Alt por, simplesmente, não estar à altura dos dois competidores.

A disputa, apesar de divertida, estava com um ganhador óbvio. Apesar de ser muito bondoso e caridoso, Trace Adkins jamais teria o dinheiro, contatos, e fama que Piers tinha para ganhar o último desafio de leilões e entretenimento.

Mas é claro que foi divertido ver Trace Adkins, um homem forte e daquele tamanho, sofrendo ao ter de satisfazer todos os desejos dos Backstreet Boys (a banda convidada). Ele teve de procurar por uma espécie de 'suco de trigo' que eles tomavam, e até comprar esmalte de unha preto. Ele obviamente se recusou a ir comprar sozinho, e decidiu chamar o campeão mundial de boxe Lennox Lewis para ir com ele. A cena foi, no mínimo, impagável.

"I just want to make very clear
that I'm doing this for England."

Piers também se mostrou cômico ao ligar para seu companheiro inglês, Simon Cowell (sim, o jurado de American Idol), pedindo que comprasse um de seus itens do leilão para que ele próprio vencesse e trouxesse honra aos ingleses. Deixando bem claro que fazia isso pela pátria, Simon comprou um dos itens que nem era tão caro por 100 mil dólares.

No momento decisivo, apesar do favoritismo geral pelo carismático Trace Adkins, Donald Trump escolheu Piers Mongan como seu aprendiz. Afinal, é um programa sobre negócios, e que o com maior dote e esperteza vença!

"Kukuku... How evil am I!"

Apesar de eu ainda sofrer por Gene Simmons não ter ganho! É claro que meu predileto sempre será Stephen Baldwin (que para mim ficou ainda mais bonito depois de vivido e gordinho), mas sou realista e sei que o grande baixista do KISS teria chances muito melhores de ser o aprendiz...

Resumindo, um reality show que vale a pena ser visto. Cheio de reviravoltas e momentos hilários! Sem dúvida, a melhor temporada de 'The Apprentice', e que terá continuação em breve.

E agora, como diria nosso querido Donald Trump:

"You're fired!
Now, get the hell out of here!"

Animês:

Kushoshitsuji

Ciel e Sebastian

Houve uma época em que me interessei pela premissa deste anime, mas fiquei empurrando com a barriga por não ter certeza se era bom. O que descobri após finalmente assistir o primeiro episódio é que era excelente.


A história é essa: Ciel Phantomhive, um jovem inglês de 12 anos, perdeu os pais de um modo trágico e acabou herdando os negócios da família cedo demais. Ao seu lado ele tem um mordomo especial: Sebastian, que obedece à todas as suas ordens, não importando o quão absurdas e impossíveis possam parecer.

Relação entre servo e mestre

Sebastian tem habilidades inumanas, e deixa a entender que fez um contrato com seu jovem mestre: Ele serviria Ciel até que este conseguisse sua vingança pela morte dos pais, e em troca, o jovem teria de dar-lhe a própria alma.

Apesar de todo esse clima mórbido e obscuro, a série é repleta de ação, comédia besteirol e momentos absurdos que descontraem e fazem o anime fluir. E junto a aparente realidade humana do século XIX, cheia de guerras e acontecimentos históricos, há demônios, anjos e shinigamis que tornam a série em algo de outra realidade e original. Outra coisa que caracteriza o anime é o sempre presente fanservice yaoi e shota-con. Apesar disso, é assistível a ambos os sexos, já que a própria série é caracterizada como shounen.

Personagens Chibis

Algo que me deixou muito feliz quanto a Kuroshitsuji foi o fato de não haver aquela distinção entre o 'bem' e o 'mal', e a história como um todo me lembrar a lenda de 'Fausto', aquele que vendeu a alma para o demônio Nefistófeles para realizar suas próprias ambições e desejos apesar do alto custo.

O anime também provém um grande acervo de personagens, impedindo o espectador de assistir sem se apegar a algum deles. No meu caso, me apaixonei por Grell Sutcliff ao se revelar em um acontecimento que, se eu contasse, seria spoiler.

Simplesmente Fantabuloso!

Em suma, esta é uma série de 24 episódios que, apesar de ter sido finalizada antes do mangá, teve um último episódio que agradou a muitos, o que é algo raro. Além disso, o mangá é dito como ainda melhor e vale a pena dar uma lida.

Animês:

Soul Eater

O 'Billy & Mandy' nipônico

Meu encontro com esse maravilhoso anime foi puramente ao acaso. Estava assistindo animes no Youtube quando vi nos vídeos relacionados uma imagem que me deixou curiosa: Uma espécie de castelo com uma lua no céu que ria e vomitava sangue. Imediatamente cliquei naquela imagem, e me vi assistindo a abertura. Aquilo me lembrou, por mais estranho que pareça, um 'As terríveis aventuras de Billy e Mandy' obscuro e japonês. E não é que decidi assistir ao episódio?

Foi o melhor primeiro episódio que já havia visto! As cenas de luta eram extremamente bem feitas e fluidas, e o que é ainda melhor: não duravam milhares de episódios como outros animes. Os personagens eram únicos e originais, com personalidades bem definidas e relacionamentos complexos.

A primeira imagem que vi da série

A história de modo bem resumido é a seguinte: Existe um local no mundo reinado por Shinigami-sama, o adorável Deus da Morte que é simplesmente o 'Puro Osso' menos britânico e de voz infantil. Ele tem uma escola chamada Shibusen, onde várias crianças especiais são treinadas para matar criaturas malignas chamadas kishins que ameaçam os humanos normais. Essas crianças são divididas em 2 categorias: Armas (as que viram todo o tipo de armas) e Artesãos (as que manipulam as Armas).

O objetivo pessoal de cada Artesão é ajudar sua(s) respectiva(s) Arma(s) a comer(em) 99 almas de kishin e 1 alma de bruxa, fazendo com que a Arma suba a um nível muitíssimo elevado, e ganhe o direito de ser utilizada pelo Shinigami-sama, que é também o mais poderoso Artesão.

Shinigami-sama, o primo perdido do 'Puro Osso'

O mundo de Soul Eater lembra o real, com todos os países e continentes, mas com a entrada de seres míticos que os protagonistas impedem que entrem na realidade humana. O legal deste anime é que une personagens mitológicos (bruxas, demônios, lobisomens) e fictícios (Dr. Frankenstein e seu monstro) com os reais (ator Mifune) e satíricos ('Ox Ford', 'Harvan D.', Black Star = Naruto).

E com essa premissa, a série segue um rumo imprevisível e divertido, com um humor negro e besteirol, lutas de tirar o fôlego, e personagens de todos os tipos reunidos para criar uma série como nunca fora antes vista.

Da esquerda para a direita: Death the Kid, Maka e Black Star,
com suas respectivas armas: Patty & Liz, Soul Eater e Tsubaki

A primeira temporada da série (que vai até o episódio 24) foi alucinante e extremamente divertida, levando os protagonistas da série a lutar contra bruxas, lobisomens e a loucura. Já a segunda temporada (que vai do episódio 25 até o último, 51) tentou lançar mais personagens que já não eram tão únicos e falhou em diversos momentos da trama. A série começou a perder a graça que era sua fonte, e toda a originalidade foi jogada descarga abaixo com um último episódio decepcionante e piegas.

Posso afirmar que a utopia de todo o anime é a união de apenas 2 coisas: Um primeiro episódio descente; e um último episódio à altura. Infelizmente, apenas a primeira foi realizada em Soul Eater.

Todo mundo merece um final feliz...
Nem que seja descarga abaixo!

Ao menos há um motivo para tal queda da qualidade: O mangá estava em andamento, e o final da série não estava decidido, obrigando os encarregados do anime a lançarem uma segunda temporada de qualquer maneira, corrida e sem um rumo certo a seguir. Ao menos, o mangá como um todo é tão bom quanto a primeira temporada do anime, e espera-se que sua conclusão não decepcione ainda mais os fãs dessa série tão maravilhosa.

Em suma, esta é uma série imperdível e que já está dominando o Brasil. Vale a pena dar uma conferida para não ficar de fora!